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terça-feira, 16 de abril de 2013

EUA:"Parecia o 11 de Setembro", diz piauiense que escapa de ataque


Leandro Ponce Leal participou da prova que terminou com duas mortes e mais de 130 feridos nos Estados Unidos.

O irmão do médico Leandro Ponce, que competiu na Maratona de Boston nesta segunda, recebeu a equipe da TV Cidade Verde em sua casa e relatou os momentos de terror vividos pelo pai e demais membros da família em Boston. Leonardo Leal, que está em Teresina, contou o que ouviu do pai Manoel Leal, no momento da explosão das bombas que deixaram dois mortos no atentado.

"Meu pai me ligou e eu conseguia ouvir um barulho alto de ambulâncias, helicópteros e gritos. Ele falava que estava do lado do Leandro, mas não
conseguia ver nem minha mãe nem a minha cunhada. Ele estava claramente muito desesperado e eu aqui sem poder fazer nada", afirmou Leonardo.

Por telefone, o médico ortopedista Leandro Ponce Leal, 37 anos, falou ao Cidadeverde.com e relatou os momentos de pânicos vividos durante as explosões em Boston na tarde desta segunda-feira. Ele competia na maratona onde o ataque resultou na morte de duas pessoas e deixou mais de 130 feridos. Leandro conta que as explosões tiveram início dois minutos após ele ter concluído a prova.


“Eu ouvi um estrondo, me virei e vi que era uma explosão. Senti a vibração, o chão tremendo. Foi aí que caiu a ficha e vi que era um atentado”, conta Leandro, que é piauiense e há 10 anos participa de maratonas pelo mundo.

Ele lembra que no momento ficou desesperado, pois na rua estavam sua mulher, o pai e a mãe, que foram juntos acompanhar a maratona. “Deu  um pânico, uma situação horrível, pois você não sabia de onde poderia vir a próxima bomba. Fiquei sem saber o que fazer. A Polícia pedia: corre, corre e tinha que sair de perto”.


Reprodução Facebook

O médico lembrou ainda que a sensação foi de presenciar de perto um “filme de ação” que lembrava o atentado do 11 de Setembro. “Era correria, barulho de sirene de ambulância, carro da FBI, fumaça para todos os lados. O que fiquei mais surpreso foi à coragem dos policiais que corriam em direção as bombas. Parecia o 11 de Setembro, coisas que só se ver em filme de ação”, disse Leandro Leal.

No hotel com os familiares, Leandro acompanha os noticiários e concedia entrevista. Ele conta que o sentimento era de “alívio e tristeza” pelas mortes e feridos.  Leandro informou que retorna ao Estado na quarta-feira.


Atualizada às 19h06

O médico piauiense Leandro Ponce Leal, 37 anos, é um dos brasileiros inscritos na Maratona de Boston (EUA), que terminou em tragédia após duas explosões no final da prova. Entre os dois mortos e 23 feridos, não há nenhum brasileiro.


O site oficial da Maratona de Boston aponta que Leandro Leal completou o percurso de 42 quilômetros em 3 horas e 50 minutos. Pouco depois, ocorreu a primeira explosão, após mais de duas horas da chegada dos vencedores.

"Amigos do face, hoje foi por pouco...Leandro atravessou a linha de chegada mais ou menos 2 minutos antes das bombas. Eu estava a poucos metros da chegada com a minha sogra. Foi horrível!!! Gente correndo, gritando, ninguém sabia o que estava acontecendo. Graças a Deus estamos todos bem, só muito assustados", escreveu no Facebook a esposa do médico, Chiara Scaramucci Leal, que deve voltar ao Brasil com o marido na próxima quinta-feira.


Cerca de 27 mil corredores estavam inscritos para a prova. Atleta amador, Leandro Leal ficou entre os 14 mil primeiros. Quem veio depois dele e ainda fazia o percurso após as explosões foi desviado para longe do local, onde havia muita fumaça.



O médico foi para o hotel e afirmou que estava satisfeito por ter completado a prova, mas ficou triste com a tragédia. "O clima é triste aqui, as pessoas horrorizadas. Um clima de pêsames mesmo, em todos os lugares, no restaurante, no hotel", afirmou por telefone a uma emissora de TV.

O ortopedista afirmou ainda que não pretende mudar sua rotina de corridas. "Aqui (EUA) você corre o risco de sofrer um atentado desses, mas em Teresina você corre o risco de ser atropelado por um carro. (...) O que muda é o tipo de perigo. Eu não vou deixar de fazer o esporte que eu amo por conta disso", acrescentou.




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