Comandante
disse que será investigada possível influência do PM no caso.
Oficial
foi citado no processo por ter pago R$ 2,5 mil a um dos menores.
Conduta do oficial será apurada em procedimento aberto pela Corregedoria da PM (Foto: Gil Oliveira/ G1) |
Um policial militar citado pelos três menores condenados
pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí foi afastado do 15º Batalhão e
responderá a um
procedimento administrativo na Corregedoria da PM. A informação
foi dada nesta segunda-feira (10) ao G1 pelo comandante da Polícia Militar do
Piauí, coronel Carlos Augusto, que irá investigar a possível influência do
policial no caso.
De acordo com o promotor de Justiça Cesário de Oliveira,
uma das teses levantadas pela defesa é de que o adolescente Gleison Vieira da
Silva, espancado até a morte no Centro Educacional Masculino, teria participado
sozinho do estupro coletivo e recebeu R$ 2,5 mil de um policial para acusar os
outros menores.
Promotor de Castelo do Piauí, Cesário de Oliveira, falou sobre tese da defesa (Foto: Gilcilene Araújo/G1) |
"Estamos tomando as providências cabíveis, pois não
vamos esperar o término do processo sobre o estupro coletivo em Castelo para
investigar esta denúncia. Recebemos uma documentação do defensor público Gerson
Henrique Silva Sousa, no qual contém novos indícios de propagação da violência
na região por parte do policial e sua influência no crime ocorrido em
Castelo", disse o coronel.
Segundo o comandante, o oficial encontra-se em Teresina e
deve se apresentar ainda nesta segunda-feira ao Comando Geral da Polícia
Militar. Ele acrescentou que, se comprovada a denúncia, a Corregedoria da PM
não vai aceitar nenhum desvio de conduta.
"Durante a audiência os três menores coautores do
estupro alegaram que o Gleison recebeu o dinheiro de um policial para
incriminar eles e esta pessoa conseguiria também um advogado para absolvê-lo.
Já a mãe do adolescente morto contou que os quatro menores receberiam o
pagamento para assumir autoria no crime", revelou Cesário.
Ainda conforme o promotor, a mãe de Gleison relatou o
arrependimento do filho de ter assumido autoria no crime, porque não recebeu o
pagamento. Para constatar a acusação, o próprio promotor ouviu o policial
citado e os outros militares que participaram das prisões dos menores.
"Ao contrário do que foi apresentado pela defesa, o
policial foi acompanhado de outros até a casa de Gleison e em nenhum momento é
relatado o pagamento ao menor. Pela falta de inconsistência das provas, ele não
foi colocado como testemunha do caso", falou o promotor.
O promotor de Justiça Cesário de Oliveira, responsável
pelo caso do estupro coletivo ocorrido com quatro adolescentes em Castelo do
Piauí, afirmou ao G1 que todas as teses apresentadas pela defesa são
inconsistentes.
Defensoria
diz que jovens são inocentes
Segundo a defensora geral do Piauí, Hildete Evangelista,
o único elemento que liga os três jovens à cena do crime e ao estupro coletivo
é o depoimento de Gleison Viera da Silva, que acabou sendo morto pelos três
jovens que são representados pela Defensoria Pública.
“As próprias vítimas não reconheceram os adolescentes. Se
o defensor acredita que os três jovens não são coautores do crime, ele tem
obrigação de recorrer da decisão. Ele se baseia nas provas mostradas nos autos
e constrói a sua tese de defesa”, disse.
Participação
dos menores
Após a Defensoria Pública afirmar que os três jovens
condenados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí não estavam no local do
crime, a delegada Ana Melka Cadena, titular da Delegacia da Mulher da Zona
Sudeste de Teresina, afirmou na quarta-feira (5) não ter dúvidas quanto à
participação dos adolescentes no ato.
Delegada Anamelka (Foto: Reprodução/TV Clube) |
“A Polícia Civil trabalha com responsabilidade. Juntamos
todos os elementos que foram levantados, identificamos a participação dos
quatro, apresentamos o indiciamento ao Ministério Público e a Justiça condenou
esses adolescentes”, contou em entrevista para TV Clube.
O portal campo maior , postou uma matéria dizendo que o policial que supostamente taria envolvido no caso do estrupo de quatro meninas em castelo é um policial que atuava em castelo e que até sexta feira estava atuando em Campo Maior. E quem confirmou o nome do Policial para a reportagem foi o comandante da PM de campo maior, Ruy Nunes Cordeiro, ele confimol a identidade do Policial. Para saber o nome do policial CLIQUE AQUI
FONTE: G1/PIAUÍ
EDIÇÃO: J.UCHÔA
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