Os nomes dos parlamentares
piauienses Júlio César (PSD), Ciro Nogueira (PP) e Wellington Dias (PT) são
citados em matéria do site da revista Veja, que trás a lista com o nome de 121
parlamentares de todo país que receberam dinheiro de empresas envolvidas na
operação Lava-Jato. Segundo a publicação, Júlio César teria recebido R$ 50 mil,
W. Dias R$ 250 mil e Ciro Nogueira R$ 150 mil. O senador petista, pré-candidato
ao governo do estado foi o que mais recebeu.
De acordo com a revista, o levantamento foi feito com base nos
registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Algumas dessas
empresas são investigadas por terem comprovadamente depositado recursos na MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ou são suspeitas de colaborar para o esquema de coleta de recursos tocado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.
empresas são investigadas por terem comprovadamente depositado recursos na MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ou são suspeitas de colaborar para o esquema de coleta de recursos tocado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O grupo de congressistas recebeu, ao todo, 29,7 milhões de reais de um conjunto de 18 grupos empresariais sob suspeita.
O levantamento mostra que os grupos empresariais ambicionavam
estabelecer relações com um espectro amplo de partidos e políticos. Na
composição atual do Congresso, um em cada cinco deputados e um em cada três
senadores eleitos receberam alguma doação oficialmente das empresas ligadas de
alguma forma ao doleiro ou ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Entre os beneficiados pelas doações, há dois pré-candidatos a governos
estaduais - Wellington Dias,o senador Lindbergh Farias (PT), do Rio, e a
ex-ministra Gleisi Hoffmann, do Paraná. O novo vice-presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT), e o ex-presidente da Casa Marco Maia (PT) também
integram a lista. Pela oposição, destacam-se nomes como Rodrigo Maia (DEM),
Antonio Imbassahy (PSDB) e Roberto Freire (PPS).
Como mostrou reportagem do site de VEJA, os fornecedores da Petrobras
agora investigados doaram, oficialmente, 856 milhões de reais a partidos e
candidatos entre 2006 e 2012. Entre os parlamentares em atuação no Congresso, o
PT desponta com 12,6 milhões de reais recebidos, seguido por PP (4,4 milhões) e
PMDB (3 milhões). Parlamentares da oposição, como DEM e PSDB, também foram
beneficiados com 2,9 milhões de reais e 2,3 milhões, respectivamente.
Os beneficiados pelos grupos suspeitos formam uma bancada
multipartidária. E, para especialistas, isso cria riscos para o sucesso de
investigações de qualquer CPI no Congresso que pretenda investigar
irregularidades na Petrobras. “Não significa que todos vão defender os
interesses desses grupos, mas, em qualquer decisão que se tome, tem que ser
analisado se os parlamentares não servem aos interesses de financiadores. Isso
só pode ser verificado na atuação concreta”, alertou o diretor-executivo da ONG
Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.
Suspeita de ter liberado mais de 7,9 milhões de reais em propinas a
Costa e Youssef, a Camargo Corrêa financiou 31 deputados federais e oito
senadores em atuação no Congresso. Entre os suspeitos, é o grupo com maior
quantidade de parlamentares financiados no poder. No Senado, foram beneficiados
parlamentares como o líder do PT, Humberto Costa, e futuros candidatos petistas
a governos estaduais, como Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR) e
Wellington Dias. Cada um recebeu 1 milhão de reais para tocar a campanha.
Fonte: 180graus
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