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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestação reúne cerca 15 mil pessoas pelas ruas de Teresina

Uma manifestação realizada em Teresina nesta quinta-feira (20) levou milhares de pessoas às principais avenidas de Teresina. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas participaram do movimento que segue o exemplo dos atos públicos realizados em várias capitais do Brasil.
A concentração começou por volta das 16h na Avenida Frei Serafim. De lá os manifestantes seguiram em direção ao Palácio de Karnak, casa oficial do Governo do Estado e ainda Palácio da Cidade, sede do governo municipal.
Manifestantes em frente ao Palácio de Karnak, casa oficial do Governo do Estado  (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Manifestantes em frente ao Palácio de Karnak, casa oficial do Governo do Estado (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Durante a manifestação um ônibus da empresa Barroso teve os vidros quebrados quando passava pela Avenida Maranhão, Centro da capital. Foi necessária a intervenção da Polícia Militar para evitar um tumulto maior. Na mesma avenida os manifestantes queimaram cartazes e bandeiras em frente ao Shopping da Cidade e picharam um muro.
Na capital, os manifestantes reivindicaram contra os gastos com a Copa do Mundo, corrupção, PEC 37, que limita o poder investigativo do Ministério Público, problemas na saúde e educação pública além das condições do transporte público municipal.
No ato estavam representantes várias organizações sociais. Representantes do Ministério Público, do sindicato dos bancários, da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB) no Piauí, professores e populares.
De acordo com o promotor Marcos Pontes, o Ministério Público esteve no ato para reivindicar contra a PEC 37, que limita o poder investigativo do órgão e para apoiar o povo. “Esse é um movimento democrático onde o povo luta pelos seus direitos. Saúde e educação pública de qualidade. O Ministério Público está aqui para juntar-se ao povo”, disse.
Um pequeno tumulto se formou quando alguns manifestantes levantaram uma bandeira do PSTU (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Um pequeno tumulto se formou quando manifestantes levantaram bandeira do PSTU (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Os bancários participaram da manifestação exibindo uma faixa preta em sinal de luto pela falta de segurança nas agências bancárias. As reivindicações na capital piauiense são diversas, mas o movimento unifica o grito pelo não partidarismo. Um grupo que levantou a bandeira do PSTU foi vaiado e chegou a ser agredido por alguns manifestantes.
Seguindo com o protesto, os manifestantes foram em direção à Prefeitura de Teresina, onde a segurança foi reforçada. Com medo de possíveis saques, os lojistas do Centro fecharam as portas momentos antes da manifestação.
Um grupo de manifestantes quebraram um ônibus da empresa Barroso que passava pela Avenida Maranhão, nas proximidades do Shopping da Cidade. (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Manifestantes quebraram ônibus da empresa Barroso que passava pela Av. Maranhão. (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
“O Brasil está mesmo atrasado e precisamos reivindicar. Os pais precisam apoiar os filhos”, disse a fazendária Suely Fortes, que participou do ato no Impeachment do ex-presidente Fernando Collor em setembro de 1992.
Um grupo de professores que estava no local enfatizou a precariedade da educação pública no país. “A aula hoje é na rua. O povo acordou e está exigindo melhores condições de vida. Mais educação e saúde. Esse é um país rico com um povo pobre e agora a população exige ter poder sobre como essas riquezas serão gastas”, declarou.
Do Centro, os manifestantes voltaram para a Avenida Frei Serafim e foram até a Assembleia Legislativa do Piauí. O movimento retornou à Ponte Juscelino Kubitschek e de lá um grupo seguiu até a Avenida Raul Lopes.
Por volta das 19h um ônibus que fazia a linha Bela Vista/Poti Velho foi parado pelos manifestantes próximo ao Shopping Riverside. Mesmo após o motorista do veículo tentar negociar, o ônibus acabou sendo apredrejado e uma senhora passou mal e foi socorrida pelo Samu.
Três pessoas suspeitas de apedrejar o ônibus da empresa Transcol foram presas e encaminhadas para a Central de Flagrantes.

Fonte: G1/PI

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